terça-feira, 17 de maio de 2011
Humanísticas No. 3 - Belzebu e São F. de Assis
Belzebu e São Francisco de Assis
Bem pode dizer-se aqui e além:
Viva, alvissaras Belzebu,
Mas só eu sei, mais ninguém,
Quantas tetas tens tu.
Tens quatro, querida vaca,
Mas dessas, quanto leite me dá?
Uma delas é fraca,
Outra abana ao Deus dará!
Sobram somente duas;
Tantas como as da cabra,
Que, ó vaca, ao invés das tuas,
Não há quem as endiabra!
Ó Vaca, da cabra és o dobro
Mas, triste sorte!, metade leitosa.
Vais é para a mesa com molho,
A cabra, essa, continua ali mimosa.
Querida vaca, Belzebu te chamei,
Porque o Diabo assim o quis,
Mas a cabra, a quem tanto leite tirei,
Por Deus, hei-de chamar São Francisco de Assis!
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Orgulho-me de possuir um manuscrito original deste poema.
ResponderExcluirGenial!
Muito lindo!
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